Por: Leila Figueiredo
(Aluna do curso de Ciências Biológicas e voluntária da Orla Viva- MA)
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Acervo da Associação Ambiental Orla Viva |
As postagens desse blog seguem uma ordem determinada. Mensalmente, um voluntário da Orla Viva deve escrever sobre algum assunto relacionado a temas como educação, preservação ambiental, biologia marinha, etc. Escrever para o blog é uma das nossas formas de tentar atingir, informar, instigar outras pessoas a pensarem e agirem positivamente em relação ao meio ambiente. Não posso dizer com certeza até que ponto temos êxito, mas sinto que usamos um dos meios que nos estão disponíveis para fazer o melhor possível, e assim apoiar uma causa. Confesso que às vezes (com uma frequência bem maior do que eu gostaria, na verdade) deparo-me com situações que me fazem duvidar seriamente da capacidade que temos de tocar outras pessoas e fazê-las sentir ao menos o mínimo de empatia pela questão ambiental. Afinal, há anos fala-se em desmatamento, poluição, camada de ozônio, aquecimento global, extinção de espécies, etc, e governos e governados continuam agindo com uma apatia incompreensível. Observar esse tipo de comportamento leva à crença de que não há qualquer possibilidade de contornar o caos atual, e que estamos condenados a desaparecer do planeta prematuramente.
Às vezes, no entanto, a ação de algumas pessoas parece mostrar-nos que ainda há esperança. Reunidas em entidades não-governamentais com atuação relevante nas questões ambientais, elas transformam o modo como lidamos com a natureza e seus desafios, e servem como exemplo à sociedade. Dentre tais organizações, dou ênfase especial à Oceanic Preservation Society e a Sea Sheperds, ONGs especializadas na preservação dos ecossistemas marinhos e realizadoras de inúmeras campanhas internacionais em prol da conservação ambiental. Entre as realizações mais significativas da Oceanic Preservation Society, fundada por Louie Psihoyos, um fotógrafo e ambientalista apaixonado pela vida marinha, está o documentário The Cove (2009), que mostra o massacre de golfinhos na cidade japonesa de Taiji, sua relação com os grandes parques aquáticos do planeta, os meandros na diplomacia ambiental internacional e a luta de ambientalistas para extinguir a matança promovida.
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The cove, filme de 2009 que retrata a matança de milhares de golfinhos |
Já a Sea Shepherds tem como ação principal a campanha anual realizada nos mares antárticos para a proteção de baleias Mink, caçadas exaustivamente por baleeiros japoneses, que corroborados por uma brecha na Legislação internacional, perseguem, abatem e comercializam centenas de indivíduos a cada ano.
O
sucesso de tais campanhas depende quase que exclusivamente da ação de
voluntários dedicados que, vindos de todos os cantos do planeta, compartilham
ideais e motivações, buscando reparar os danos causados pela humanidade aos
ecossistemas, além de promover uma interação sadia e harmoniosa entre pessoas e
meio ambiente. Essas pessoas servem como inspiração para nós, voluntários da
Orla Viva, e são o retrato de que é possível reverter os danos causados por
nossa sociedade à natureza, através da união entre culturas e ideais.
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A SEA SHEPHERD CONSERVATION SOCIETY é uma das organizações mais reconhecidas mundialmente |
Parabéns pelo texto, Leila! Realmente, num mundo é escasso o esforço das pessoas para conviver bem com o ambiente, essas ONGs servem de exemplo, não só para nós, mas para todos.
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