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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012





Insetos marinhos e sua ocupação

Por: Luciano Chaves
Voluntário do Orla Viva - MA
Graduando no curso de Ciências Biológicas-UFMA



A classe dos insetos é constituída por cerca de 75% de todas as espécies animais descritas, possuindo assim uma enorme variedade de formas, cores e adaptações ecológicas que excedem qualquer outro grupo animal - adaptações essas que promoveram sua ocupação em praticamente todo lugar do planeta (sendo assim cosmopolita), um sucesso evolutivo bem notável. Entretanto, os insetos parecem ter “falhado” na ocupação dos mares e oceanos. 

Apenas 3% desse grupo, o que equivale a cerca de 30.000 espécies, são aquáticos ou possuem larvas aquáticas, porém, acredita-se que apenas algumas centenas de espécies de insetos ocuparam o ambiente marinho, como alguns representantes de Collembola, Thysanura e os Hemiptera (halobates). Mas, consideram-se apenas as espécies que ficam submersas em marés do supra litoral.
Tendo em vista toda a variedade de insetos que existe no planeta, parece impressionante que tão poucos deste grupo tenham se adaptado ao ambiente marinho. O entendimento de um baixo número de espécies em dada região\ambiente, só pode ser explicado através da sua história evolutiva.
Os primeiros artrópodes dotados de asas surgiram no período Devoniano há cerca de 400 milhões de anos atrás, período no qual foi caracterizado pela conquista do ambiente terrestre pelos vertebrados e artrópodes. Neste período da história, os crustáceos já dominavam o ambiente marinho e os insetos acabaram por conquistar a terra firme por falta de competidores. Assim, explica-se o por quê de os insetos não serem marinhos nos primórdios, no entanto, depois eles poderiam ter retornado e conquistado outros nichos. 
Contudo, depois de uma adaptação à vida terrestre tão acentuada, para que os insetos pudessem ocupar o ambiente marinho novamente, necessitariam passar por diferentes obstáculos físicos, químicos e biológicos.
Hemipteros

A primeira limitação foi o seu sistema respiratório, que, baseado em canais espalhados pelo corpo pelo qual o ar entra e sai, não permite que esses animais vivessem em profundidades muito altas, uma vez que eles necessitam do gás oxigênio. No entanto, existem insetos de água doce que possuem estratégias próprias de sobrevivência e que poderiam ser aplicados ao ambiente marinho.
Halobates micans

 Outra explicação seria que esses animais não poderiam usar duas de suas melhores adaptações: o voo e a capacidade de polinização. Como não há presença de flores, cuja associação com os insetos é bem restrita, explicaria o sucesso evolutivo de ambos os grupos e assim a ausência dos mesmos neste ambiente.
Uma última explicação seria a ação de predadores (que não seriam poucos). Grupos que evoluíram concomitantemente com os predadores, como os crustáceos e aracnídeos, teriam estratégias para evitar a predação enquanto insetos, recém-chegados ao ambiente seriam predados rapidamente.
As discussões sobre a não ocupação dos insetos no ambiente marinho continuam no meio cientifico, porém ainda é um assunto controvertido e ainda pode estar longe de ser esclarecida.


Um comentário:

  1. Boa, gostei do texto. Tava justamente refletindo isso no domingo antes da prova de zoologia.

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